Bíblia do povo

Cântico dos Cânticos (Ct), capítulo 1, vesículo 15

Cântico dos Cânticos (Ct) 1:15

15 Ó minha amada, como és formosa! Ah, como és linda! Os teus olhos brilham como os das pombas!


Título do livro e prelúdio

1 Eis o cântico dos cânticos, a mais bela canção de amor composta por Shelomo, Salomão.

A amada declara ao amado

2 Beija-me o meu amado com os beijos da tua boca, pois seus afagos são melhores do que o vinho mais nobre.

E exclama a amada. Sou apenas uma flor dos campos de Sharon, Sarom, uma tulipa dos vales!

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O amado diz sobre a amada

2 Como formoso lírio entre os espinhos, assim é minha amada entre as jovens.

3 O aroma dos teus perfumes é suave, teu shem, nome, é como shemem, óleo perfumado que se derrama generosamente. Por isso as jovens se apaixonam por ti.

A amada responde

3 Como uma macieira robusta entre todas as árvores do bosque, assim é meu amado entre os demais filhos da terra. Tenho prazer em sentar-me à sua sombra e o seu fruto é doce ao paladar como o damasco.

4 Arrasta-me, pois, contigo! Corramos! Leve-me, ó rei, aos teus aposentos e exultemos! As amigas da amada cantam. Em ti nos alegramos e nos regozijaremos; anunciaremos, pois, o teu amor mais do que o melhor vinho.. Da amada para o amado. Ora, é com toda a razão que te amam as mulheres de Jerusalém!

4 Levou-me à sala do banquete, e o seu olhar sobre mim é como a bandeira do amor diante do povo.

Da amada para as mulheres

5 Estou morena do sol, mas conservo-me bela, ó filhas de Jerusalém; escura como as tendas nômades de Quedar, linda como as cortinas de Salomão.

5 Alimentai-me com tuas passas, confortai-me com teus damascos e curai-me com tuas maçãs. Oh! Que estou enferma de amor!

6 Não vos admireis por eu estar assim, morena escura, pois o sol me bronzeou a pele. Os filhos de minha mãe se iraram contra mim e me puseram para guardar as vinhas; contudo, da minha própria vinha não pude cuidar.

6 Que teu braço esquerdo ampare a minha cabeça e o teu braço direito me envolva.

A amada declara ao amado

7 Diz-me tu, amado de minha alma, onde apascentas teu rebanho e onde o fazes repousar ao meio dia, se não me disseres serei como uma mulher que anda sem véu entre os rebanhos de teus companheiros.

Da amada para as mulheres

7 Ó filhas de Jerusalém, pelas corças e gazelas do campo eu vos conjuro: não desperteis, não acordeis o amor, até que ele o queira!

O amado declara à amada

8 Se não o sabes tu, ó mais bela entre todas as mulheres, segue o caminho das ovelhas, e apascenta os teus cabritos junto às tendas dos pastores.

A amada diz sobre o amado

8 Ouvi! É a voz do meu amado que chama! Vede! Aí vem ele! Galopando pelos montes, saltando pelas colinas.

9 Ó minha amada, eu te comparo à égua das carruagens do faraó.

9 Eis que o meu amado é como um vigoroso gamo, é como um filhote de gazela. Reparai! Lá está ele em pé, postando-se atrás do muro, vigiando pelas janelas, espreitando pelas grades.

10 Lindas são tuas faces entre teus brincos, e belo é o teu pescoço com os colares que te adornam.

O amado declara à amada

10 Assim me declara o meu amado: “Levanta-te minha amada, minha bela, e vem.

As amigas da amada cantam

11 Faremos para ti brincos de ouro cravejados de prata!

11 Olha e vê que o inverno já se foi; a chuva cessou, é primavera!

A amada declara ao amado

12 Enquanto o rei está em seu divã meu nardo puro espalhou o seu perfume pelo aposento.

12 Surgem as muitas flores pelos campos; chegou o tempo de podar e cantar; e já se ouve o doce arrulhar das pombinhas em nossa terra.

13 O meu amado é para mim como uma delicada bolsa de mirra que passa a noite entre meus seios.

13 A figueira começa a dar seus primeiros figos: as vinhas estão floridas e o perfume das uvas toma conta dos vales.

14 O meu amado é para mim como um ramalhete de flores de rena perfumadas, provenientes das excelentes vinhas de En-Gedi, Fonte das Cabras.

14 Pomba minha, que se aninha nos vãos dos rochedos, nos esconderijos, nas encostas dos montes; deixa-me contemplar teu rosto lindo, deixa-me ouvir tua voz meiga, pois tua face é tão formosa e tão doce a tua voz!”

O amado declara à amada

15 Ó minha amada, como és formosa! Ah, como és linda! Os teus olhos brilham como os das pombas!

A amada declara ao amado

15 Agarrai-nos as raposas, as pequenas raposas que devastam nossas vinhas, porquanto as nossas vinhas já estão em flor.

A amada declara ao amado

16 Como és belo, ó meu querido! Como és amável! Ah, como és encantador. A relva verde será o nosso leito de amor.

16 O meu amado é meu, e eu sou dele; ele zela por seu rebanho entre os lírios.

17 As vigas da nossa casa são de cedro puro, e os caibros, dos melhores pinheiros.

17 Antes que a brisa do alvorecer comece a soprar e o dia surja afugentando as sombras, volta, amado meu! Sê como um cervo; um filhote de corça vigoroso sobre as colinas escarpadas de Beter.

Capítulos de Cântico dos Cânticos (Ct)

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