Bíblia do povo

O Evangelho Segundo Marcos (Mc), capítulo 12, vesículo 7

O Evangelho Segundo Marcos (Mc) 12:7

7 Todavia, aqueles lavradores combinaram entre si: ‘Este é o herdeiro! Ora, venham, vamos, matemo-lo, e assim a herança será toda nossa’.


Parábola dos vinicultores maus (Mt 21.33-46; Lc 20.9-19)

1 Jesus então passou a ministrarlhes por meio de parábolas: “Certo homem plantou uma vinha, ergueu uma cerca ao redor dela, cavou um tanque para esmagar as uvas e construiu uma torre de vigia. Depois arrendou a vinha para alguns lavradores e partiu de viagem.

2 Chegando a época da colheita, enviou um servo aos lavradores, com o objetivo de receber deles sua parte do fruto da vinha.

3 No entanto, eles o agarraram, o espancaram e o mandaram embora de mãos vazias.

4 Então lhes enviou um outro servo; e também lhe bateram na cabeça e o humilharam.

5 E enviou outro ainda, o qual assassinaram. Então enviou muitos outros; mas a alguns agrediram e a outros mataram.

6 Finalmente, restava-lhe enviar seu próprio e amado filho; a este lhes enviou com a seguinte intenção: ‘A meu filho respeitarão’.

7 Todavia, aqueles lavradores combinaram entre si: ‘Este é o herdeiro! Ora, venham, vamos, matemo-lo, e assim a herança será toda nossa’.

8 Então o agarraram, assassinaram e o jogaram para fora da vinha.

9 Diante disso o que fará o proprietário da vinha? Virá, destruirá aqueles lavradores e outorgará a vinha a outros vinicultores.

10 Ainda não lestes esta passagem nas Escrituras? ‘A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra principal, angular;

11 isto procede do Senhor, e é obra de grande maravilha para todos nós’”.

12 Por isso começaram a tramar um jeito de prendê-lo, pois perceberam que Ele havia narrado aquela história com o propósito de acusá-los. Contudo, tinham receio da multidão; e acharam melhor se afastarem.

Adorar a Deus e honrar o Estado (Mt 22.15-22; Lc 20.19-26)

13 Mais tarde enviaram a Jesus alguns dos fariseus e herodianos para tentar condená-lo em alguma palavra que proferisse.

14 E, ao se aproximarem, lhe questionaram: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que não te deixas influenciar por ninguém, pois não te impressionas com a aparência exterior das pessoas, mas ensinas o caminho de Deus em conformidade com a mais pura verdade. Assim sendo, diga-nos, é lícito pagar imposto a César ou não?

15 Devemos pagar ou podemos nos recusar?” Jesus, porém, conhecendo o quão hipócritas estavam sendo, lhes inquiriu: “Por que me tentais? Trazei-me um denário para que Eu o examine!”

16 E eles lhe trouxeram a moeda, ao que Ele lhes indagou: “De quem é esta imagem e esta inscrição?” “Ora, de César”, replicaram eles.

17 Então Jesus lhes asseverou: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!” E todos ficaram pasmos com Ele.

A ressurreição de todos os mortos (Mt 22.23-33; Lc 20.27-40)

18 Depois chegaram os saduceus, que pregam não haver qualquer ressurreição, com a seguinte questão:

19 “Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se um homem morrer e deixar sua esposa sem filhos, seu irmão deverá se casar com a viúva e gerar filhos para seu irmão.

20 Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou-se e faleceu sem deixar filhos.

21 Então o segundo desposou a viúva, mas também morreu sem deixar descendentes. O mesmo ocorreu com o terceiro.

22 E, dessa forma, nenhum dos sete irmãos deixou filhos. Finalmente, faleceu também a mulher.

23 Na ressurreição, de quem essa mulher será esposa, haja vista que os sete irmãos foram casados com ela?”

24 Então Jesus os admoestou: “Não é sem motivo que errais tanto, pois não compreendeis as Escrituras nem o poder de Deus!

25 Quando os mortos ressuscitam não se casam mais, nem são dados em casamento. Pois se tornam como os anjos nos céus.

26 A respeito da ressurreição dos mortos, ainda não tendes lido no livro de Moisés, no texto referente à sarça, como Deus lhe declarou: ‘Eu Sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó?’.

27 Ora, Ele não é Deus de mortos, e sim o Deus dos vivos!’. Estais absolutamente enganados!”

O principal dos mandamentos (Mt 22.34-40; Lc 10.25-28)

28 Um dos mestres da lei achegou-se e os ouviu argumentando. Ao constatar como Jesus lhes houvera respondido esplendidamente, perguntou-lhe: “De todos os mandamentos, qual é o mais importante?”

29 Esclareceu Jesus: “O mais importante de todos os mandamentos é este: ‘Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus é o único Senhor.

30 Amarás, portanto, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força’.

31 E o segundo é: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não existe qualquer outro mandamento maior do que estes”.

32 Então o escriba exaltou Jesus: “Muito bem, Mestre! Estás absolutamente certo ao afirmares que Deus é único e que não existe outro que se compare a Ele.

33 E que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento, e com todas as forças, bem como amar ao próximo como a si mesmo é muito mais importante do que todos os sacrifícios e ofertas juntos”.

34 Jesus, por sua vez, vendo que o homem havia respondido com sabedoria, revelou-lhe: “Não estás distante do Reino de Deus!” E, a partir disto, não havia mais alguém que ousasse lhe questionar coisa alguma.

Cristo é o Senhor de Davi (Mt 22.41-46; Lc 20.41-44)

35 Mais tarde, Jesus estava ensinando no templo, quando levantou uma questão: “Como podem os mestres da lei pregar que o Cristo é filho de Davi?

36 Sendo que o próprio Davi, expressando-se pelo Espírito, afirmou: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que Eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés’.

37 Se o próprio Davi o chama de ‘SENHOR’, como é possível, então, ser Ele seu filho?” E numeroso ajuntamento de pessoas o ouvia com grande deleite!

Jesus condena os escribas (Mt 23.1-7,14; Lc 20.45-47)

38 E, continuando seu ensino, advertia Jesus: “Acautelai-vos dos escribas. Pois eles fazem questão de andar com roupas especiais e de receber saudações em praças públicas,

39 de sentar nos lugares de maior destaque nas sinagogas, e ainda de ocupar as posições mais honrosas à mesa dos grandes banquetes.

40 Eles devoram as casas das viúvas e, para dissimular, fazem longas orações. Estes, certamente, receberão condenação ainda mais severa!”

A valiosa oferta da viúva pobre (Lc 21.1-4)

41 E Jesus foi sentar-se em frente ao local onde eram depositadas as contribuições financeiras e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de coleta de ofertas. Muitos ricos lançavam ali grandes quantias.

42 Foi então que uma viúva pobre se aproximou e depositou duas moedas bem pequenas, de cobre e, portanto, de bem pouco valor.

43 E chamando para perto de si os seus discípulos, Jesus lhes declarou:“Com toda a certeza vos afirmo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os demais ofertantes.

44 Porquanto, todos eles ofertaram do que lhes sobrava; aquela senhora, entretanto, da sua penúria deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento”.

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